BEM VINDO AO BLOG FONTES E FONTANÁRIOS

NÃO VAMOS DEIXAR MORRER AS NOSSAS BELAS FONTES

CONTRIBUAM COM FOTOS DE FONTES ESPALHADAS PELO NOSSO PAÍS PARA ESTE SITE PARA AQUI AS DIVULGARMOS
(enviem em formato jpeg com nome e local da mesma, vosso nome e blog para o seguinte email:
sandramcrocha@sapo.pt)

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Castro Vicente

Castro Vicente é uma freguesia portuguesa do concelho de Mogadouro, com 33,76 km² de área e 420 habitantes (2001). Densidade: 12,4 hab/km². Foi vila e sede de concelho entre 1305 e 1836. Era constituído pelas freguesias de Agrobom, Gebelim, Parada, Saldonha, Soeima, Vale Pereiro, Vilar Chão, Lombo, Peredo dos Cavaleiros e Castro Vicente. Tinha, em 1801, 2 882 habitantes. Ocupava uma superfície de cerca de 169 km². Aquando da extinção do município, as suas freguesias foram incorporadas no concelho de Chacim.
Fonte: wikipedia

sábado, 13 de dezembro de 2008

Fonte dos Leões - Porto

A conhecida fonte dos Leões, que ocupa um lugar de destaque na Praça de Gomes Teixeira, é uma construção oitocentista que se inscreve no vasto plano de abastecimento de água à cidade, iniciado em 1882. Na verdade, a fonte foi um elemento fundamental neste quadro, pois a sua função ultrapassava em muito a estética, actuando como "elemento de passagem para ventilação e oxigenação das águas e para aliviar a pressão da água nas condutas" (Processo de Classificação, IPPAR/DRP). O concurso público para o abastecimento de água à cidade iniciou-se em 1880, e teve como único interessado a firma francesa Compagnie Générale des Eaux pour l'Etranger, com quem se firmou o contrato em apenas 1882, devido a questões políticas relacionadas com a alteração do presidente da Câmara. Neste documento, assinado depois em Lisboa pelo Rei e pelo Ministro Fontes Pereira de Melo, observa-se já a imposição da Companhia construir uma fonte monumental na Praça dos Voluntários da Rainha (IDEM).

Depois de algumas alterações ao projecto inicial, os trabalhos começaram em 1883 encontrando-se concluídos em Maio de 1886. A fonte começou a ser erguida um ano antes (Setembro de 1885), estando a funcionar e a deitar água pela primeira vez a 19 de Dezembro de 1886. Todavia, o processo não foi fácil, pois a Câmara não gostou do primeiro projecto e exigiu um novo, pelo que a fonte dos Leões é o resultado de uma selecção efectuada entre mais sete desenhos apresentados pela Companhia que, entretanto, trabalhava já com uma outra empresa francesa - C. G. des Eaux - marca que se encontra em muitas das peças da fonte. Mais tarde, em 1942, a fonte dos Leões perdeu a sua importância primeira ao deixar de ser passagem obrigatória no sistema de abastecimento à cidade, ficando reduzida à sua função de fonte, alimentada pela Arca de Sá de Noronha, uma construção em granito a cerca de 40 metros. Composta por tanque inferior de grandes dimensões, a fonte caracteriza-se pelos quatro leões alados que rodeiam a coluna central, onde assenta uma taça com bicas no bordo e a partir da qual se ergue a base de nova taça mais reduzida e o remate. (Rosário Carvalho)

Fonte: IPPAR

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Fonte de Neptuno - Porto

... A pequena fachada voltada para a antiga Porta do Olival mostra, na parte inferior, um chafariz (a Fonte de Neptuno) com dois golfinhos no seu espaldar vertendo água pela boca. Num medalhão está esculpida a figura de Neptuno. A meio desta fachada há uma varanda sustentada por cinco fortíssimas mísulas com gradeamento em ferro forjado. Para a varanda dá a porta da capela onde os presos condenados à morte passavam a sua última noite.

Fonte: http://www.trp.pt/historia/cadeia-da-relacao.html

Este edificio foi objecto de recuperação e remodelação em 1989-1996, sob projecto dos arquitectos Humberto Vieira e Abilio Mourão, por forma a acolher o Centro Português de Fotografia.

Trata-se de um edifico do século XVIII, que inicialmente foi estabelecido para funcionar o tribunalT e as Cadeias da Relaçãodo porto, numa época marcada por profundas alterações ao nivel da dourtrina penal e do sistema prisional.

Fonte: Colecção"Portugal Património"

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Vale Pradinhos - Macedo de Cavaleiros

Aqui está a casa do "Zé Bento" da Telenovela "A Outra" da TVI.
Uma imagem que fixou bem conhecida.

Hoje vou falar de um vinho que internacionalizou uma aldeia, de uma estalagem que já acolheu tudo o que é Presidente da República e membros de Governo e de uma mulher que aposta tudo em Trás-os-Montes, mesmo não sendo transmontana.Muitos dos leitores já perceberam que estou a falar do vinho “Valle Pradinhos”, da Estalagem do Caçador, em Macedo de Cavaleiros, e de Antónia Pinto de Azevedo Mascarenhas, a empresária que gere a imagem e o sucesso deste dois verdadeiros ex-libris de Trás-os-Montes.A história é longa.

Tudo começa em 1913, quase que por acaso, durante uma das muitas caçadas que Manuel Pinto de Azevedo, empresário bem conhecido da cidade do Porto, realizava em terras transmontanas. Incentivado pelos amigos que sempre o acompanhavam, o bisavô de Maria Antónia Pinto de Azevedo Mascarenhas decide adquirir o Casal de Vale Pradinhos a uma família da região. E assim começam os investimentos da família Pinto de Azevedo no concelho de Macedo de Cavaleiros.A produção de vinho já era uma realidade, mas o rótulo mais antigo, que chegou aos dias de hoje, data de 1922. Volvidas várias décadas, Maria Antónia Pinto de Azevedo Mascarenhas fala da família com um orgulho indisfarçável e segue as pisadas do bisavô, que sentiu em Trás-os-Montes um amor à primeira vista. Tanto assim é, que a empresária faz parte da terceira geração de mulheres que tomaram as rédeas dos investimentos da família na região. Primeiro foi a avó, depois a mãe e, agora, Maria Antónia. “Não sou transmontana mas gosto muito disto”, confessa a empresária.

Consultem o texto na integra em http://www.diariodetrasosmontes.com/noticias/complecta.php3?id=6106

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Lisboa - Bairro da Bica

Foto de Fernando Machado
Os moradores da Bica sempre mantiveram uma estreita ligação com a vida marítima do Tejo. Este pitoresco bairro é composto por um conjunto de calçadas, escadinhas, quelhas e becos. A sua origem remonta a uma catástrofe natural. Em 1597, um aluimento de terras entre o Alto de Santa Catarina e o Alto das Chagas formou um vale que deu o aspecto íngreme à Bica. Nesta altura, Lisboa era muito procurada por pessoas de fora que queriam trabalhar no rio. O grande aumento populacional fez que as zonas da Bica, São Paulo e Boavista fossem habitadas por mareantes, pescadores, aguadeiros, peixeiras e todo o tipo de vendedeiras. Julga-se que o nome do bairro deriva de uma bica cuja água flui ruidosamente para um tanque do século XVlll, no Pátio de Broas ou Vila Pinheiro. Fica na Calçada da Bica. Para além desta, este espaço é composto por nomes como a Calçada da Bica Pequena, o Beco dos Aciprestes, o Largo de Santo Antoninho, a Bica Duarte Melo, a Rua do Almada, e o famoso elevador da Bica. É este que mantém estreitos os laços entre a Bica e Santa catarina ou o Bairro Alto. Porém, nem todas as bicas e fontes se resumem à toponímia. Construída em 1675, a Bica dos Olhos é conhecida pela sua eficácia no tratamento de doenças dos olhos. Neste bairro, eram frequentes os pregões dos aguadeiros, na sua grande maioria Galezes, que enchiam as ruas de sons e de presença humana. Em Lisboa, a falta de água era frequente. As bicas e fontes eram habitualmente locais de encontro.
http://carlosleiteribeiro.portalcen.org/lisboa/003.htm

Prémio Dardos

Foi com muita honra que o Blogue Fontes e Fontanários recebeu este prémio, não esperava tal coisa :). Agradeço este nobre gesto ao meu amigo Luis Miguel Inês.
Vou quebrar as regras porque não é tarefa fácil escolher blogues, aqueles que visito e hoje são poucos, são a minha selecção.
Este prémio em primeiro lugar vai para aqueles que estão a contribuir para que este projecto continue, sem a vossa ajuda ele não continuaria, porque arranjar fotos de fontes espalhadas por Portugal fora é-me totalmente impossivel.
A seguir vai para os restantes amigos que me apoiam e restantes visitantes espalhados pelos 4 cantos do mundo.
Obrigado a todos.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Odemira

Foto de Victor
Fonte Férrea -uma fonte de águas ferruginosas com lendas associadas que só o povo sabe. Durante anos um corvo foi a ave que guardou o jardim, num sítio com muita sombra e arvoredo, o que dava um certo mistério. Em Inglaterra há Glastonbury Tor que também tem uma fonte de águas cheias de ferro o que dá aparencia de sangue. Diz a lenda que que aí se encontra o graal e que essas águas sao o ventre da Grande Deusa.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Segirei - Chaves

Foto de tânia Oliveira
Esta fonte está localizada na praia fluvial de Segirei, onde estão canalizadas as águas minerais.
Um tesouro junto à aldeia de Segirei, à qual a praia foi roubar o nome. A praia fluvial de Segirei fica integrada no Parque Natural do Montesinho, com vista para a ponte sobre o rio Mente. O ecossistema aqui é privilegiado e isso reflecte-se no verde do espaço e no ambiente que aqui se respira. Tem infra-estruturas de apoio mas o fascínio da praia reside todo na paisagem envolvente.

domingo, 2 de novembro de 2008

Vale da Porca - Macedo de Cavaleiros

Foto de Luisa Félix
Vale da Porca está situada na margem direita do rio Azibo, afluente do rio Sabor, a cerca de 3,5 km ao NE da E.N. 216 entre Macedo de Cavaleiros e a freguesia dos Olmos. Apresenta um riquíssimo património edificado e artístico religioso. Na sua Igreja matriz encontramos um fontanário na sacristia, datado do século XVII, assim como importante imaginário do século XVIII, representado por dois moços de convite que ladeiam o altar-mor. As capelas de N.ª Sr.ª do Rosário, de N.ª Sr.ª da Conceição e a Capela de S. Sebastião, com um curioso cruzeiro dedicado ao Senhor Da Boa Morte completam o seu património religioso. Outra referência patrimonial é a elegante ponte românica e os moinhos de água. Esta freguesia produziu cal até meados do século XX, disso são os vestígios de dois fornos de 1ª geração, situados perto da referida ponte. Paralela a esta está uma ponte de caminho de ferro, construção típica do início do século XIX e a estação respectiva encontra-se em degradação mas ainda a merecer uma visita saudosista. A cerca de 5km para sul, mas ainda no termo de Vale da Porca, encontramos o Santuário de Santo Ambrósio, com Igreja e capela a este santo, sendo um dos principais lugares de culto e peregrinação de todo o nordeste. Entre este santuário e o Azibo estão as ruínas da aldeia de Banrezes, podendo ainda ver-se os restos dos moinhos, das casas, da igreja, das noras, de fontes e uma ponte de arco de volta inteira. Banrezes foi abandonada nos séculos XIX e XX por ser lugar de sucessivas epidemias de febre tifóide e paludismo.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Louriçal do Campo - Castelo Branco

Foto de Luis Miguel Inês Região habitada desde a denominação romana como provam sinais ainda existentes "sepulturas, tijoleiras, etc". Esta antiga freguesia era um curato da apresentação do vigário da antiga vila de S. Vicente da Beira, a cujo concelho pertenceu até 07/09/1895 data da sua extinção. Em 1757 tinha 147 fogos. Foi célebre nesta freguesia o Colégio de S. Fiel fundado por Frei Agostinho da Anunciação. Perto de S. Fiel encontramos dois blocos de granito de enormes dimensões conhecidos pelos nomes de pedras sobreposta e Cabeço do Frade. Em 1960 tinha 1608 habitantes para 494 fogos. Toponímia: Louriçal (Campo de Louros) Património Cultural : Colégio de S. Fiel: do Séc. XIXRetábulo da Capela de Nª Senhora da Conceição, Casa de balcãoSolares (séc. XIX) e arabescos de ferro em janelas e varandas Texto: http://www.cm-castelobranco.pt/

domingo, 26 de outubro de 2008

Cadaval - Jardim Infante D. Henrique

Foto e Texto de André Melicias
Este fontanário é constituído um marco com quatro bicas. Foi construído nos anos 50, juntamente com outros de dimensões inferiores, aquando da chegada da água canalizada à vila do Cadaval. Situa-se no Jardim Infante D. Henrique, na confluência da Praça da épública com a Rua D.Fernando I. No resto da Vila existem pelo menos mais quatro fontanários da mesma época, embora este seja o mais monumental, por estar naquela que era a zona nobre da Vila naquela data. Estas fotos são antigas (anos 70 provavelmente), e a zona já sofreu alterações, nomeadamente com a construção de outros edifícios. O fontanário continua igual.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Sobral Monte Agraço

Fotos de Rui Junipero
No edifício onde está instalada a Câmara Municipal, salienta-se a lápide alusiva à mercê do senhorio, concedida por D. José a Joaquim Inácio da Cruz Sobral, que viria a ordenar a construção da casa nobre da família Sobral, do chafariz e do edifício onde se encontra instalada a Câmara Municipal. É também aqui que se localiza a Igreja de Nossa Senhora da Vida.No centro da praça destaca-se um interessante coreto, e também a estátua do médico Eugénio Dias, que no século XX deu nome à praça.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Azeitão

Foto de José Rasquinho A Fonte de Aldeia Rica, deslocada, em 1994, por motivos de segurança rodoviária para a outra lado da estrada e alguns metros mais acima, tem um primoroso baixo-relevo figurativo, em mármore de Estremoz, cuja simbologia e origem, reputados historiadores, não têm conseguido fundamentar de forma a se estabelecer alguma concordância. O conjunto esculpido tem como elementos figurativos medalhões, pombas. anjos e cordeiros, que tanto podem simbolizar o Santíssimo como São João Baptista, como ainda elementos de adoração pagã. Mantendo-se como referência documental, as acusações, já citadas anteriormente, a Agostinho Machado de Faria, verifica-se que a construção da Fonte de Oleiros faz parte do libelo acusatório :"(...) Passou a fazer o d.to ministro (Agostinho Machado de Faria) treceyro xafariz, que mandou estabelecer de novo emediato a Aldeya Rica, fazendo conduzir p. a o mesmo a agoa, que mandou encanar desde o cítio de Val de Rios ... tudo com opressão e trabalhos dos pobres a quem nunca pagou ... "Prosseguindo na leitura da acusação, no sentido de se achar alguma pista esclarecedora do enigma supra, detecta-se a determinada altura uma, referência ténue que nos indica um provável caminho : "... mandou extrair dos Paços da Extinta Caza de Aveiro pedraria de marmore, lagedos e porttais de pedra jaspe ... isto pr'a obras que não tinham a provisão Real . Como se verifica, não é mencionado a ornamentação deste "xafariz" , mas sim o "crime" de - provavelmente - o terem mandado construir "com pedraria de mármore, lagedos ... Joaquim Rasteiro, em 1897 , classificou o baixo-relevo da fonte, como "... uma antiguidade a que não se pode marcar origem conhecida mas que deve ter sido trazida para o local em fins do século XVIII ..." . Referiu, também, a existência de uma outra pedra igual que estaria colocada sobre o portão numa quinta em Alferrar, perto de Setúbal, que pertenceu ao Visconde de Montalvão. E acrescenta: - " ... que nenhuma delas foi feita de propósito para os lugares que ocupavam mas aproveitadas para ornamentá-los ..." Uma pedra idêntica - (a terceira) é identificada por Rafael Monteiro, em 1955, na Quinta da Aiana de Baixo, próximo de Sesimbra . Entretanto, em 1977, um baixo-relevo, muito provavelmente o que Joaquim Rasteiro tinha identificado na quinta do Visconde de Montalvão, foi detectado pelo investigador Faria Monteiro, na colecção do Banqueiro Jorge de Brito, o qual o tinha comprado a um antiquário, que por sua vez, o tinha adquirido a um descendente do citado visconde. Texto de Joaquim Oliveira (Fonte internet)

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Queluz

Foto de Humberto Serra Queluz é uma cidade portuguesa pertencente ao concelho de Sintra, distrito de Lisboa. A sua área é de 7km², e a sua população residente era de 78 040 habitantes (2004). Isto faz de Queluz uma das cidades mais populosas de Portugal (a 11.ª), e uma das cidades-satélites de Lisboa. Queluz fica situada entre as cidades de Agualva-Cacém e Amadora, e várias vilas do município de Sintra, como Algueirão-Mem Martins, Rio de Mouro, Belas e Sintra, a qual se tem recusado ser promovida a categoria honorífica de cidade, por motivos turísticos, apesar de ser sede do segundo concelho mais populoso de Portugal e efectivamente incluir várias vilas e duas cidades (Agualva-Cacem e Queluz) inseridas nos limites da municipalidade. Esta cidade é percorrida pelo Rio Jamor. História Em 29 de Junho de 1925, por Decreto-Lei n.º 1790, a antiga localidade de Queluz, é desanexada da freguesia de Belas e, juntamente com os lugares de Pendão, Massamá, Ponte Carenque, Gargantada e Afonsos, é criada freguesia de Queluz. Pelo Decreto-Lei n.º 43920, de 18 de Setembro de 1961, a povoação de Queluz é elevada a vila. Em 1997, pela Lei n.º 88/97, de 24 de Julho, a vila de Queluz é elevada à categoria de cidade. Fonte: wikipedia

terça-feira, 13 de maio de 2008

Sintra

Foto de Nuno de Sousa

Fonte Mourisca

Situada primitivamente no extremo da Volta do Duche, muito perto da Vila Velha, esta fonte foi desmontada e conservada em 1960, quando se procedeu às obras da estrada, e reposta em 1982, por iniciativa do Município, a meio da Volta do Duche. É uma grande e curiosa fonte de estilo revivalista, dentro de uma tradição neo-mourisca. Seu autor foi, em 1922, o mestre escultor sintrense José da Fonseca.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Sintra

Foto de Gonçalo Almeida
Fonte da Regaleira (na ausência de um texto sobre esta fonte, falo sobre o monumento em que se situa - Quinta da Regaleira).
As origens da quinta hoje denominada da Regaleira, então conhecida por quinta da Torre, parecem remontar ao ano de 1697, quando José Leite adquiriu uma vasta porção de terra situada nos limites da vila de Sintra. Em 1715, a propriedade é colocada em hasta pública e adquirida por Francisco Alberto Guimarães de Castro, que logo mandou realizar obras destinadas a abastecer uma mina da quinta com água canalizada da serra de Sintra. Em 1800 a quinta passa para a posse de João António Lopes Fernando, e trinta anos mais tarde para Manuel Bernardo, sendo então denominada Quinta da Regaleira. Pouco depois, em 1840, foi adquirida pela filha de Allen, um rico comerciante de vinho do porto, tendo esta recebido posteriormente o título de Baronesa da Regaleira.A maior parte das construções hoje existentes devem-se porém a António Augusto Carvalho Monteiro, proprietário a partir de 1892, homem de vasta cultura e riqueza. Os símbolos nacionalistas que encontramos na Regaleira, bem como o gosto revivalista no qual tão bem se inserem, resultam da conjugação do seu gosto e sensibilidade com o projecto do arquitecto e cenógrafo Luigi Manini (autor dos edifícios do palácio do Buçaco, do teatro de São Carlos em Lisboa, e do teatro La Scala em Milão, entre outros). As obras decorreram entre 1904 e 1910, tendo Carvalho Monteiro morrido em 1921. A propriedade passou então para os herdeiros, nomeadamente para a posse de Pedro Monteiro, tendo sido vendida em 1945; os projectos então existentes para a quinta passavam pela adaptação a hotel, nunca efectuada, até que a Câmara Municipal de Sintra a adquiriu, resultando daqui o seu restauro progressivo, e a sua abertura ao público.A quinta integra um magnífico jardim, constituído por árvores exóticas e vegetação abundante, que compõe um curioso percurso de características marcadamente cenográficas. Para este percurso, bem como para o imenso acervo iconográfico que compõe a profusa decoração de todo o palacete, anexos e jardins, pode apontar-se uma linha orientativa de cariz esotérico, conjugada com a simbólica nacionalista dos estilos arquitectónicos neo aqui utilizados. Assim se poderia entender o percurso dos jardins como viagem de teor iniciático, incluindo uma alameda ornada com estátuas de deuses clássicos, uma misteriosa gruta artificial abrigando um lago onde deveriam nadar brancos cisnes sob o olhar de uma mítica Leda, um terraço chamado das Quimeras, e ainda um bosque sombrio, cuja travessia apela a um silêncio introspectivo, proporcionando finalmente a visão da torre do palácio, com larga vista da serra. Particularmente impressionante, neste contexto, é o grande poço, conduzindo progressivamente o visitante até ao fundo, decorado com uma cruz templária e uma rosa-dos-ventos, através de uma descida espiralada; e ainda um túnel estreito, longo e escuro, que liga as profundezas da terra à visão de um terraço alteado e luminoso. A simbólica templária repete-se um pouco por toda a parte, na capela neo-manuelina e nas salas palacianas, que abrigam mobiliário feito por encomenda, tal como um imponente trono entalhado, sempre exibindo simbólica heráldica ou mitológica. A evocação da História de Portugal repete-se nos frisos com os reis portugueses, enquanto uma menção directa ao imaginário maçónico se poderá deduzir do tecto pintado da Sala das Virtudes, onde se encontram as personificações da Força, da Beleza e da Sabedoria. De facto, tem sido aventada a possibilidade de uma eventual filiação maçónica por parte de Carvalho Monteiro, de acordo com o espírito da época e com a inclinação intelectual de uma certa elite nacional. Aqui encontra localização privilegiada o espólio da colecção de artefactos maçónicos de Pisani Burnay, presentemente exposto no palácio da Regaleira.
Fonte IPAAR

sábado, 23 de fevereiro de 2008