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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Furnas - S. Miguel

Foto de Joaquim Carvalho
Lenda da Lagoa das Furnas
A Lenda da Lagoa das Furnas é uma tradição da ilha de São Miguel, no arquipélago dos Açores, uma tentativa popular para explicar as formações geológicas deixadas nas ilhas pelos vulcões que lhe deram origem e forma. Segundo a lenda, há muitos anos no local onde actualmente se localizada a Lagoa das Furnas, existia uma bonita aldeia onde as pessoas viviam felizes, faziam muitas festas e viviam quase sem trabalhar. Numa bela manhã de céu e sol claro, como era costume fazer na aldeia, um rapaz saiu de casa para ir a uma fonte próxima buscar água para as lides domésticas e para dar de beber aos seus animais. Mas a água que costumava ser sempre de agradável paladar estava estranhamente salgada, parecia água do mar e o rapaz teve uma premonição que ia acontecer alguma coisa estranha na sua aldeia e com os seus conterrâneos. Correu para casa dos seus vizinhos para contar o que lhe acontecera, o que vira e o que pensara sobre o caso. Ninguém acreditou nas apreensões do rapaz, e alguns dias depois ele teve de voltar à fonte para ir buscar mais água. No lago em frente à nascente, para onde corria a bica da água, os peixes saltavam na água e desta para terra, onde acabavam por morrer. Definitivamente convencido de algo ia acontecer à sua aldeia, correu para junto da população, mas novamente ninguém acreditou nele, a não ser o seu avô. O idoso disse às pessoas da aldeia que parassem com os bailes e com as festas; que um dos mais ligeiros habitantes da aldeia fosse a correr até ao pico mais alto em redor para ver o mar e olhar para o norte, para tentar ver se havia alguma ilha no horizonte, alguma terra à vista a norte. Como ninguém o levou a sério, só o idoso e o seu neto subiram ao monte mais alto. Quando lá chegaram, via-se no horizonte terra nova, uma ilha despontava pelo meio da bruma. Aflito, o idoso gritou para os aldeões que fugissem para a igreja, vinha aí grande desgraça, no horizonte encontrava-se a ilha encantada das Sete Cidades. Novamente ninguém ligou, nem ao idoso nem ao seu neto. Possivelmente nem o ouviram de tão alta era a música. Desceram ambos o monte, e depois de passarem pela igreja foram tratar dos animais e da vida imediata. Passou um, dois dias e nada acontecia. O rapaz e o avô resolveram sair da aldeia para levarem os animais ao mercado da aldeia vizinha e por lá se demoraram alguns dias a negociar. Quando voltavam à sua aldeia, à medida que se foram aproximando foram-se apercebendo que as coisas estavam diferentes. Havia terra revoltada e montanhas novas. Ao chegar ao lugar onde devia estar a sua aldeia, esta tinha desaparecido e no seu lugar encontrava-se uma grande lagoa de águas cristalinas e tranquilas. Fora um cataclismo que soterrara para sempre a aldeia. As pessoas da ilha de São Miguel, reza a lenda, acreditam que os aldeões continuam a viver debaixo das águas da lagoa, e que as borbulhas de gás vulcânico que se vê a sair da água são as pessoas a cozinhar lá no fundo. Dizem que os fumos, tipo fogo-fátuo que por vezes se elevam das águas junto com um cheiro a pão de milho cozido, são as mulheres a aquecer o forno escondidas nos fundos e nas reentrâncias da bela lagoa.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Lenda_da_Lagoa_das_Furnas

9 comentários:

  1. Olá!
    Uiiiii! Que saudades do belo cozidinho! Bom mesmo, e num local que por si só é uma paisagem fantabulástica. Infelizmente quando lá estive ainda não existia másquina, apenas uma reles imitação da dita composta por uma caixinha descartável com cerca de um metro de película enrolada lá dentro (A Konilette 35 tinha pifado alguns anos antes...), e para completar, uma chuvada daquelas à moda antiga! Enfim... Mas valeu a pena ter lá estado, pode ser que tenha oportunidade de regressar.
    Gostei do teu resumo enciclopédico bem à maneira do site para onde os links apontam, sendo assim o teu trabalho de pesquisa uma valiosa compilação para quem busque conhecimento sem se esforçar muito. Aliás, este teu espaço, pelas suas características, é uma obra de interesse público.
    Beijinho,
    O Repórter Alentejano.

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  2. Parabéns pela continuação do bom trabalho.
    um abraço

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  3. Magnífico trabalho - Tenho muitas saudades deste lugar e, em especial, desta fonte de água qunete e fria. Realmente a força da natureza nesta ilha dá-nos que pensar. Parabéns pelo trabalho e por todo o belo blogue!!! Bom fim de semana e beijinhos.

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  4. O sítio que mais gosto de São Miguel: Furnas =)

    bj

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  5. Preciosa fotografia y leyenda, una gran fotografia, Saludos!

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  6. Belo trabalho de pesquisa, e uma bonita fonte... mais um belo post mana.
    Bjs em ti,
    Nuno

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  7. Não conhecia a lenda, que achei deveras interessante.
    A foto, muito boa.
    Beijo.

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  8. Excelente ideia para um blog!

    Desejo-lhe um bom fim de semana

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  9. Esboço um sorriso por ver algo familiar por aqui. Que belas águinhas!!!


    bjs

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